segunda-feira, 4 de julho de 2011

MotoGP : A equipa Ducati Marlboro e Mugello


Valentino Rossi atrasou-se no início do Gran Premio d’Italia TIM para dar por si em 12º no final da primeira volta, mas motivado pelo público apanhou o grupo de pilotos que estava à sua frente para escalar até sexto. O italiano apresentou melhor ritmo na corrida que ao longo de todo o fim-de-semana graças a alteração à afinação efectuada pelos técnicos antes do warm up.
Nicky Hayden esteve muito bem na partida, escalando desde logo a quinto, mas quando alargou a trajectória à entrada de uma curva não conseguiu evitar uma ida à parte suja do asfalto. O americano saiu de pista e voltou a entrar em último. Ele ainda recuperou até ao décimo posto depois disso e, apesar de ter ficado desapontado com a oportunidade perdida, mostrou-se satisfeito com o trabalho feito durante o fim-de-semana para o ajudar a encontrar boas sensações com a GP11.
Valentino Rossi:
“Temos uma moto diferente em muito aspectos daquela com que começámos a época. Sabemos que tem de ser ainda mais melhorada do ponto de vista técnico, mas mesmo neste momento mostrou ter boa margem de melhorias apenas com a afinação. O tempo não nos ajudou em Assen, e aqui também não. Tivemos pouco tempo para trabalhar este fim-de-semana, pelo que uma vez mais fizemos significativas alterações na afinação na manhã de domingo. Foi um passo em frente e na corrida consegui ter melhor ritmo que nos treinos, apesar das melhorias de comportamento nas curvas ter sido acompanhada de pequena perda de aderência. De todas as formas, penso que estamos na direcção certa. Perdi algum tempo no início porque a embraiagem patinou e era quase último à entrada da primeira curva, com muito que recuperar. É uma pena porque este ano tenho estado sempre bem nas partidas com a Ducati. Ainda assim, não sei quanto tempo teria sido capaz de ficar com o Spies e o Simoncelli se tivesse partido melhor. A diferença nos tempos foi menor que em Assen, o que é positivo, mas ainda estamos longe, uns oito décimos. Temos de continuar a trabalhar para acompanharmos as Honda e Yamaha. Estamos a fazer tudo o que podemos, nós na pista e o pessoal na Ducati. É uma situação difícil, mas vir aqui a Mugello e ver todas estas bandeiras e fãs a darem apoio é sempre muito emocionante e dá-nos motivação para voltarmos à frente.”
Nicky Hayden:
“Usámos uma combinação de molas diferentes na embraiagem; talvez tenha feito a minha melhor partida do ano. Estava em quinto ao cabo das primeiras curvas e a moto estava boa. Os pneus estiveram bem e estava apostado a dar tudo para me manter com o grupo da frente, mas parei no tempo quando ia para a Curva 1 na segunda volta. Pensei que tinha tudo assegurado, mas a frente puxou a parte suja da pista e tive de ir à gravilha. Fiquei em último, mas o meu ritmo não estava mau e tentei voltar a apanhar os outros. É uma pena. Agora é fácil falar, mas penso que sem o erro teria feito uma grande corrida para a equipa e para mim. O público esteve fantástico, como sempre, e foi especial estar aqui com a Ducati. Temos muitas coisas a andar no caminho certo – muito apoio e pessoal a trabalhar arduamente – e a longo prazo acredito que tudo isto vai dar frutos.”
Comunicado de imprensa Ducati Team

Moto GP : A Equipa Honda Repsol fala de Mugello


A corrida de Mugello, que contou com a presença do antigo presidente da Honda Motor, Takeo Fukui, viu o piloto da Repsol Honda Andrea Dovizioso somar um muito merecido segundo lugar e o seu segundo pódio consecutivo da época, enquanto Stoner foi sétimo, o sétimo pódio em oito possíveis para o australiano.
Casey Stoner liderou a corrida com relativa facilidade durante 17 voltas, mas ao cabo de poucas voltas mais começou a sentir falta de aderência, provavelmente devido a pressão incorrecta nos pneus para os 54ºC da pista, bem mais elevados que os verificados nos treinos. Ele não conseguiu responder quando Lorenzo assumiu a liderança a seis voltas do final e viu-se depois envolvido em intensa batalha com Andrea, com o italiano a dar os 100% perante o seu público para passar o líder do campeonato e companheiro de equipa e cruzar a linha de meta em segundo.
Dani Pedrosa levou a cabo positivo regresso à competição, depois de mês e meio de paragem e com duas operações à clavícula. O espanhol ultrapassou as dores intensas e manteve forte ritmo de corrida, cruzando a meta em oitavo. Nem as dores no ombro, nem um problema inicial na embraiagem impediram o espanhol de brilhar em Mugello, no regresso ao MotoGP. O jovem catalão não só terminou a corrida, como conseguiu igualar os tempos por volta dos líderes.
Casey Stoner mantém a liderança do Campeonato do Mundo com 19 pontos de margem sobre Jorge Lorenzo; Andrea Dovizioso é terceiro, a 14 pontos do homem da Yamaha, e Dani Pedrosa é agora sétimo da geral.
Amanhã Casey Stoner e Andrea Dovizioso voltam à pista em Mugello para o Teste Oficial, onde vão dar continuidade ao desenvolvimento da 800cc, estando ainda por confirmar se Dani Pedrosa se vai juntar a eles, decisão que será tomada amanhã de manhã.
Andrea Dovizioso:
“Mugello é sempre um evento especial e a sensação de estar no pódio é incrível. Hoje foi o primeiro e único italiano no pódio e isto torna o resultado ainda mais especial. O apoio dos fãs foi incrível, puxaram sempre por mim e motivaram-me muito, em particular quando estava cansado por causa do calor e desta pista, que é muito exigente em termos físicos. Esta manhã melhorámos a afinação para termos mais estabilidade com a frente e tive boas sensações. Fizemos boa partido e conseguimos ser consistentes ao longo de toda a corrida, apesar dos facto de não haver muita aderência. Na primeira parte da corrida tive algumas boas batalhas com o Jorge pela segunda posição. Depois, no final da corrida, ultrapassei o Casey, o que me deu o segundo lugar. Via que o Casey estava a patinar muito, mas ele estava muito forte em algumas curvas, o que me impediu de o passar onde queria e no final consegui fazê-lo na última volta. A segunda posição é importante para o Campeonato porque ganhei alguns pontos e reduzi a diferença. O Casey e o Jorge estão mesmo fortes, mas mostrámos que estamos lá; a época é longa e só temos de acreditar. Quero agradecer a toda a equipa e todos os que me rodeiam. Temos uma moto vencedora e estamos a trabalhar arduamente em todas as áreas.”
Casey Stoner:
"Não posso dizer que esteja totalmente contente hoje, partimos muito forte e tudo estava fantástico com a moto, contudo tivemos um problema com os pneus ao cabo de algumas voltas. Acreditamos que isto se deve a pressão incorrecta nos pneus para a temperatura da pista de hoje; acho que devíamos ter reduzido um pouco em comparação com o warm up porque assim que os pneus chegaram a uma certa pressão perdi toda a aderência na traseira, o que me fez começar a perder a frente. Penso que foi por isso que fomos rápidos no início da corrida, com os pneus a aquecerem muito depressa, mas depois o pneu aqueceu demais e perdi toda a aderência. Estou desapontado porque tínhamos tudo para ganhar hoje, pensei que ainda podia lutar com o Jorge e o Andrea, mas o Jorge mostrou-se demasiado rápido para mim depois de me passar. Depois o Andrea passou-me e lutei para responder, mas não tive nenhuma reacção. Mesmo assim estou no pódio, e somei importantes pontos, mas estou aqui para ganhar corridas."
Dani Pedrosa:
"Estou muito contente com a minha prestação e o resultado no final foi merecido, mesmo não estando a 100%. No passado, quando vinha de uma lesão, não conseguia terminar a corrida e hoje consegui. Não perdi velocidade mesmo depois de tanto tempo afastado, pelo que estou certo que voltarei ao topo quando a minha condição física melhorar. No início da corrida tive um problema com a embraiagem, não conseguia colocar mudanças durante volta e meia e perdi tudo nesta altura. Perdi muitos lugares e quando a embraiagem começou a funcionar tentei entrar no ritmo, mesmo estando já cansado. Contudo, por essa altura já não tinha energia para puxar. Melhorei passo a passo e apanhei o grupo à minha frente, com o Valentino, Barberá e Bautista. Mas já não tinha energia para dar mais. Estou muito cansado agora; dei tudo o que tinha e terminar em oitavo, com oito pontos, na minha condição, em conjunto com o problema na embraiagem, é muito bom do meu ponto de vista. Estou contente com o meu ritmo de corrida, não pensei que pudesse rodar no segundo 49 alto, 50 baixo durante 20 voltas, o que me deixa muito contente. Parabéns ao Jorge (Lorenzo) pela sua boa corrida e muito obrigado aos meus fãs, família e médicos por me ajudarem a regressar."
Comunicado de imprensa Repsol Honda.